Hedge cambial: o que é e como funciona
04/05/2023Descubra como funciona o hedge cambial para empresas importadoras e exportadoras e quais as suas vantagens.
A relação entre câmbio e comércio exterior é um ponto de atenção para as empresas que realizam importações ou exportações. No Brasil, o regime cambial é flutuante, a cotação do real em relação às outras moedas varia de acordo com a oferta e a demanda.
Atualmente as principais economias do mundo, inclusive a brasileira, estão enfrentando consequências originadas na pandemia. Entre elas, o combate à inflação se destaca. Como resposta, os Bancos Centrais do mundo estão aumentando as taxas de juros, as economias querem voltar para o eixo com a inflação sob controle e neste cenário a volatilidade é uma marca presente nas cotações das moedas.
Essa volatilidade impacta o câmbio na exportação e importação, alterando as previsões financeiras das empresas. Essas organizações podem contar com ferramentas que conseguem minimizar a oscilação nas cotações, tornando possível a proteção das suas operações.
Continue lendo e descubra o que é hedge cambial e como construir uma estratégia de proteção que garanta suas receitas e margem tanto na exportação quanto na importação.
O que é hedge cambial?
O hedge cambial é uma alternativa de proteção que preserva o cotidiano de empresas que possuem um fluxo de câmbio. Ao contratá-lo, é possível mitigar os riscos de variação cambial já que, ainda que a liquidação ocorra em uma data futura, a taxa de câmbio praticada no momento da contratação fica salvaguardada. Em outras palavras, operações de câmbio para exportações, importações ou de natureza financeira se tornam previsíveis com a adoção de uma política de um hedge cambial.
Como funciona o hedge cambial?
Para empresas exportadoras
Alguns exemplos comuns de empresas que atuam no comércio exterior e que estão expostas ao risco cambial são: empresas exportadoras que têm sua geração de caixa atrelada ao dólar (USD) e os seus custos operacionais ou financeiros em reais (BRL), podem observar a sua geração de caixa e margens comerciais diminuírem quando há um movimento de valorização da moeda nacional em relação às internacionais. Portanto, o risco neste cenário é ter o mesmo montante em dólar (USD) convertido num montante menor em reais (BRL).
Para empresas importadoras
As empresas importadoras cujos insumos de produção estão diretamente atrelados ao USD (ou outra moeda estrangeira) e suas vendas são realizadas no mercado nacional em BRL, precisam aumentar a geração de caixa para liquidar suas importações num cenário de desvalorização do câmbio, assim como podem observar a diminuição das suas vendas ao repassar o custo do câmbio no preço de seus produtos.
Para prevenir essas situações, surgem as estratégias de hedge que protegem as empresas da flutuação cambial, travando o preço futuro da moeda. Isso permite diminuir o risco cambial, trazendo maior previsibilidade de fluxo de caixa e assegurando as margens comerciais.
Câmbio futuro como alternativa de hedge cambial
As empresas estão bastante habituadas com o câmbio pronto, que consistem na compra ou venda de moeda estrangeira, cuja liquidação pode ser concluída em até 2 dias úteis.
O Câmbio Futuro consiste na mesma operação de compra ou venda de moeda estrangeira, porém com liquidação com prazos superiores a 2 dias úteis e limitado a 1.500 dias. Também conhecido como Trava, é uma modalidade de câmbio desenvolvida para que empresas de comércio exterior tenham melhor gestão do risco, maior controle dos valores que serão pagos ou recebidos. A maior vantagem desta modalidade é a previsibilidade frente às oscilações no mercado de câmbio, assegurando as margens e trazendo maior eficiência financeira para as empresas. Ou seja, o câmbio futuro é um contrato negociado para compra ou venda de uma determinada quantia de moeda estrangeira em uma data futura específica, a um preço fixo.
Garanta proteção cambial para sua empresa
Uma política de hedge cambial bem estruturada considera o tamanho do risco, seu impacto ao balanço, perpassando pelos descasamentos de prazos, para definir o percentual do risco a proteger. Sem a interferência das flutuações de moedas, é possível concentrar esforços na estratégia comercial.
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