Pagamento recorrente ou parcelamento?
10/06/2021Descubra a diferença entre pagamento recorrente e parcelamento e qual dessas formas de pagamento é a mais adequada para o seu negócio.
Existem duas formas de facilitar os pagamentos: o parcelamento e a cobrança recorrente. Enquanto o primeiro é mais adequado para a venda de produtos, ambos podem ser uma opção quando falamos de serviços. O consumidor brasileiro tem como hábito adotar o parcelamento quando faz compras. O recurso promove a sensação de aumento do poder aquisitivo e permite pagar produtos de valor elevado de forma mais suave para o orçamento. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 79% dos brasileiros optam pelo parcelamento sempre que essa opção está disponível. Ou seja: se você pretende atingir esse mercado, precisará oferecer o parcelamento. Muitas empresas já estruturam sua forma de cobrança a partir das parcelas, adequando seu modelo de negócio à economia da recorrência.
A seguir, vamos explicar melhor como cada um deles funciona e como escolher o melhor para o seu tipo de negócio.
O que é pagamento recorrente?
O pagamento recorrente está diretamente relacionado a serviços contínuos, via assinatura, mensalidades ou planos. Ficam acordados em contrato detalhes como a data de pagamento, o prazo do vínculo e a política de cancelamento. Além disso, é comum que haja um período mínimo de fidelidade exigido. Daí em diante, todo mês o cliente receberá a cobrança através de débito automático, boleto bancário ou na fatura do cartão de crédito.
A diferença entre o que é pagamento recorrente no cartão de crédito e o parcelamento no crédito, é simples: no caso da recorrência, o limite do cartão não fica comprometido. Portanto, essa é a melhor opção para planos de longa duração, como os anuais. Escolas, academias, cursos e SaaS (Software as a Service), como os serviços de streaming conseguem bons resultados com esse tipo de cobrança, por exemplo.
Spotify: um case de sucesso em pagamentos recorrentes
Uma verdadeira revolução na forma de consumir música: isso foi o que o Spotify promoveu desde seu lançamento, em 2008. A plataforma de streaming funciona no modelo freemium. Em outras palavras, uma versão gratuita está à disposição dos usuários que não se importarem com a interrupção provocada pelos anúncios. Ao fazer a assinatura do serviço, é possível ter uma melhor experiência no aplicativo. O download das músicas, para ouvi-las offline, é uma das vantagens. A estratégia dá certo: atualmente, dos 170 milhões de usuários ativos, 75 milhões são premium.
No Brasil, é possível pagar o Spotify com cartão de crédito ou débito e boleto bancário. A adesão é descomplicada, feita em poucos minutos a partir do aplicativo, e o pagamento chega mês a mês ao cliente em pequenas parcelas. Uma das estratégias que garante o sucesso do Spotify na economia da recorrência é a comunicação clara e informal para informar sobre problemas no pagamento. Como a renovação do contrato acontece de forma automática, é esperado que clientes antigos precisem atualizar os dados de vez em quando para continuar usando o serviço.
Parcelamento no cartão de crédito: segurança para o lojista e para o cliente
A cultura do parcelamento surgiu bem antes da criação dos cartões de crédito. No Brasil, o crediário surgiu na década de 50. Era vantajoso para os clientes, que conseguiam fazer compras de valor mais elevado, mas também para os lojistas. A cada vez que um consumidor voltava à loja para quitar uma parcela, havia a chance de uma nova venda acontecer. Mas e se o cliente não voltasse?
A questão da inadimplência só se resolveu, nos moldes que conhecemos hoje, a partir dos anos 70, quando os terminais de pagamento eletrônico surgiram. Assim, os dados dos clientes eram acessados no momento da compra, que era autorizada ou não, dependendo do crédito que ele dispunha. Ainda que a fatura não seja paga, o lojista não fica no prejuízo. É a operadora do cartão de crédito quem o assume. Posteriormente, dentro de aproximadamente 30 dias, o valor da compra fica acessível ao comerciante.
Como funciona o parcelamento no cartão de crédito
Existem duas formas de oferecer o parcelamento no cartão de crédito. A diferença entre elas é a maneira como o lojista recebe do cartão de crédito parcelado.
No crédito parcelado pelo lojista, o cliente não paga juros sobre a operação e o lojista recebe as parcelas conforme elas vão sendo pagas. Ele terá acesso ao dinheiro, portanto de 30 em 30 dias, com possibilidade de solicitar o adiantamento mediante o pagamento de algumas taxas.
Por outro lado, no crédito parcelado pelo emissor do cartão, o cliente paga juros e o lojista recebe o valor total da compra em 30 dias, independentemente da quantidade de parcelas que o consumidor assume.
Pagamento recorrente ou parcelamento? Qual deles devo oferecer?
Acima de tudo, antes de definir quais são as formas de pagamento que sua empresa disponibilizará, é preciso conhecer o público-alvo do seu negócio. No Brasil, sabemos que a quantidade de desbancarizados é grande: 45 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Locomotiva.
Sem acesso aos serviços bancários tradicionais, parte desse público encontra solução para obter crédito nas fintechs. Como resultado, um levantamento da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) aponta que 40% dos consumidores brasileiros já usaram cartões de crédito emitidos por plataformas digitais.
O acesso ao crédito e a possibilidade de parcelamento nas compras de ticket médio elevado são algumas das razões que estão por trás dessa procura. Por isso, além de considerar o cartão, também pode fazer diferença nas conversões a opção de comprar parcelado no boleto.
Quanto ao pagamento recorrente, o que é imprescindível observar é a natureza do seu negócio. Esse tipo de pagamento só faz sentido quando falamos de serviços contínuos. Ou seja, aqueles que vão fazer parte da vida do consumidor por um período médio ou longo. Nesse caso, é uma estratégia de atração e de fidelização de clientes oferecer uma forma de pagamento que não comprometa o limite de crédito.
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