Nas últimas décadas, os modelos de compra por assinatura eram comuns principalmente em periódicos como jornais e revistas, academias, escolas, entre outros. Porém, ultimamente o modelo de assinatura foi modernizado, tornando-se muito popular no ambiente digital e foi adotado por diversas indústrias, como mídia, varejo, software e telecomunicações.
A tecnologia digital vem mudando a forma de consumo de produtos e serviços, bem como as preferências das pessoas. Os players mais populares destes novos modelos de assinatura são os serviços de streaming como Netflix, HBO Go, Amazon Prime, como também os aplicativos que oferecem listas de músicas, como Spotfy e Deezer. No mundo do entretenimento, canais de TV e rádios perderam espaço, visto que as novas formas dão total autonomia de consumo ao cliente, uma abordagem conhecida como “on demand”. Como exemplo local desse sucesso, o Brasil é o segundo maior mercado da Netflix, ficando atrás somente dos Estados Unidos e tem previsão de duplicar a adesão nos próximos cinco anos.
Surgiram também muitos outros tipos de assinaturas, com propostas para nichos específicos de consumidores, como amantes de vinhos, cervejas artesanais, produtos de delicatessen, artigos para fãs de HQs, moda e beleza, entre outros.
Algumas vantagens trazidas por este modelo de negócios estão relacionadas com a rapidez nas entregas, preços reduzidos, a disponibilidade de produtos únicos e possibilidade de testar novas tendências.
Nenhuma indústria foi mais impactada por este modelo de assinaturas do que a de software, mais especificamente o software as a service (SaaS). De acordo com a consultoria Gartner, este segmento irá movimentar no mundo todo uma receita de em torno de US$ 85 bilhões em 2019 (não incluindo o mercado de infraestrutura as a service).
Um caso de sucesso do segmento de SaaS na adoção do modelo de assinaturas foi a Adobe. No ano de 2013, a empresa parou de vender seus softwares de design como licenças avulsas, em favor das assinaturas. O valor pago pelos clientes passou de US$ 2,500 em uma única parcela para entre US$ 10-50, mensais. O impacto desta mudança foi muito grande e contribuiu para um incremento de 700% na receita até o ano de 2018.
Além do segmento de softwares que já consolidou este modelo, o segmento industrial e de manufaturados tende a ser a próxima onda em ascensão no modelo de assinaturas, já que seus produtos têm altíssimo valor de aquisição e manutenção, sendo mais competitivo a locação dos equipamentos e desoneração dos custos de reparo ao usuário.
Além das vantagens trazidas aos usuários, este modelo de negócio traz outras vantagens para os sellers como os feedbacks contínuos dos clientes, visto que não se trata de um relacionamento de curto prazo. Portanto, a partir dessa grande massa de informações e dados de consumo, as empresas podem realizar análises críticas visando a melhoria contínua de seus produtos e serviços.
É preciso sempre apresentar criatividade e inovação para as empresas obterem êxito na retenção dos clientes, mantendo assim um nível alto de assinaturas ativas e usuários engajados. É imprescindível também que as empresas que adotam este modelo possuam uma plataforma adequada para gerenciar todos os pagamentos recorrentes e acompanhar os fluxos de forma simples e bem organizada.
Entre os principais fatores de sucesso dos produtos por assinatura encontram-se os processos de pagamentos disponíveis para aquisição do serviço e o processo de onboarding dos clientes. Quando falamos de uma contratação de um serviço que “cruza fronteiras”, o câmbio também será uma questão relevante. Esses aspectos práticos se somam ao valor da prestação gerada aos clientes para definir os produtos e serviços que terão êxito alcançando grande escala na sua comercialização.
Empresas fornecedoras de software as a service têm adotado o modelo de recorrência cross-border para entrar no mercado brasileiro, processando os pagamentos como uma empresa local, facilitando assim o acesso e a compra dos clientes. O Bexs Banco desenvolve soluções que integram meios de pagamentos locais a transações de câmbio via plataforma digital (APIs).