Cross border: como vender na Black Friday Brasil
24/10/2022Confira alguns dados do e-commerce e da Black Friday no Brasil, além de insights para alcançar esse mercado vendendo cross border de qualquer lugar do mundo.
A Black Friday 2022 acontecerá no dia 25 de novembro. No Brasil, será a 12ª vez que essa data, que já se consagrou como uma das mais importantes do comércio, movimentará lojas físicas e e-commerces. Ano após ano, desde que passou a fazer parte do calendário dos varejistas, a Black Friday alcança números cada vez mais impressionantes em solo brasileiro. Em 2021, ainda sob efeito do isolamento social, as lojas virtuais atraíram mais atenção que as lojas físicas, tendência que deve se perpetuar neste ano.
O evento proporciona oportunidades de aceleração não somente nas vendas, mas também na conquista de novos clientes e no aumento da popularidade das marcas. Para aproveitar todo o potencial da Black Friday, é necessário estar por dentro do comportamento do público que se deseja impactar e de boas práticas a serem implementadas dentro dos e-commerces, que possam garantir sua estabilidade mesmo durante picos de acessos e facilitar ao máximo o processo de venda.
Se você deseja aproveitar a Black Friday no Brasil para impulsionar as vendas cross border e conquistar esse público, que é um dos que mais se destaca em aderência à data no mundo, continue lendo esse artigo!
Quando começou a Black Friday no Brasil?
Criada há mais de 80 anos nos Estados Unidos, a Black Friday surgiu para que os varejistas pudessem esvaziar e renovar seus estoques antes do Natal. Com o avanço da tecnologia ao passar do tempo, os e-commerces passaram a participar da estratégia. No Brasil, aconteceu o inverso: a Black Friday já surgiu digital em 2010. De lá para cá, os consumidores brasileiros estão se tornando cada vez mais adeptos à data.
A evolução da construção da Black Friday no imaginário coletivo brasileiro passa por lições fundamentais para os e-commerces. Um exemplo emblemático que marcou as edições iniciais do evento no país é o da expressão “black fraude”. O termo surgiu em um contexto onde algumas lojas aumentaram o preço de suas mercadorias nas últimas semanas de novembro, retornando ao valor original dos produtos na Black Friday, para simular descontos. A resposta foi a criação de ferramentas para a comparação de preços, a consequente exposição das falsas ofertas em redes sociais e um público muito mais atento.
Mas os episódios negativos não foram capazes de fazer com que a data perdesse força. Muito pelo contrário. A cada ano, o varejo online no Brasil bate novos recordes durante a Black Friday. Meses antes da sua realização, a corrida pela otimização das plataformas de e-commerce e a criação de estratégias de venda já é uma realidade para muitas empresas.
Black Friday 2021: o desempenho dos e-commerces
Na Black Friday 2021, R$ 4,2 bilhões foram vendidos, alta de 5% em comparação com 2020. Ainda de acordo com a NielsenIQ|Ebit, foram gerados 5,6 milhões de pedidos nessa edição. O ticket médio aumentou 16%, atingindo R$ 753. O dado do ticket médio expressivamente maior do que a média anual mostra que este é um período que as pessoas investem em bens de alto valor, como celulares, eletrônicos, entre outros. Além disso, considerando que em 2020 as lojas físicas estavam fechadas por conta do isolamento social (o que levou um público maior aos e-commerces), um crescimento de 5% é um bom resultado.
Cross border na Black Friday 2021
As lojas online internacionais também têm muitos motivos para comemorar a chegada de mais uma Black Friday no Brasil. Na edição de 2021, 43% dos e-shoppers brasileiros realizaram compras em sites de outros países, de acordo com a edição 45 do relatório Webshoppers, realizado pela NIQ Ebit em parceria com a Bexs Pay e divulgado já no começo desse ano.
Cada consumidor realizou uma média de 3,5 compras e, em cada uma delas, cerca de 5 produtos foram inseridos no carrinho. O ticket médio ficou em torno de R$ 316. Quando perguntados sobre os principais motivos para escolher uma loja virtual internacional, respondentes alegaram que os descontos e a gratuidade do frete foram fatores determinantes. Além disso, 71% dos brasileiros que compraram no e-commerce cross border na Black Friday 2021 pretendem fazer novas compras em 2022.
Black Friday e as tendências do ecommerce para os próximos anos no Brasil
A pesquisa Webshoppers é realizada desde 2001 e é considerada a principal referência para o setor. A edição 46 do estudo trouxe insights sobre o primeiro semestre de 2022, que ajudam a compreender como o mercado brasileiro tem se comportado. De janeiro a julho, R$118,6 bilhões foram vendidos a partir de lojas online, 6% a mais que no primeiro semestre de 2021. Veja outros dados a seguir.
Compras via smartphone: como o link de pagamento pode impulsioná-las
Compras realizadas a partir de dispositivos móveis vêm se firmando como uma importante tendência desde 2019, quando somaram 55% do total de pedidos. Os dados do Webshoppers 46 mostram que no primeiro semestre de 2022, o mobile recuou levemente – de 53,9% para 53,8% – mas segue se destacando frente ao desktop, tanto em quantidade de pedidos, quanto em faturamento. Pedidos mobile chegaram a 54%. Além de caprichar na plataforma em formato responsivo para desktop e mobile, investir no Social Commerce pode fazer toda a diferença no faturamento das lojas, já que muitos e-shoppers são engajados nas próprias redes sociais.
Outra estratégia que pode reverter o abandono de carrinho e aumentar a conversão é o uso do Link de Pagamento. Ele pode ser enviado por meio das redes sociais, e-mail, SMS ou aplicativos de troca de mensagens, como o Whatsapp, por exemplo. Basta que o consumidor clique neste link para adquirir o produto, sem a necessidade de refazer todo o caminho da compra dentro do e-commerce.
Pagamento pelo Pix: transação instantânea estimula compras por impulso
O mês de novembro será o aniversário de 2 anos da implementação do Pix no Brasil. Com um elevado nível de popularidade – já são quase 500 milhões de chaves cadastradas -, o que o torna uma forma de pagamento amplamente estimulada pelo comércio. A solução é eficiente para todos. Lojistas recebem o valor da compra instantaneamente e podem driblar pedidos não finalizados por conta de boletos não pagos. Já os consumidores não precisam se preocupar em comprometer o limite de crédito, além de ganharem praticidade na compra. Vale a pena investir em maneiras de fazer com que pedidos sejam concluídos rapidamente e de integrar o Pix nas formas de pagamento, a fim de agilizar o checkout e aumentar as conversões.
Publicado originalmente em 3 de setembro de 2021
Atualizado em 24 de outubro de 2022