Venture Capital Brasil: retrospectiva 2021 é marcada por recordes
08/02/2022Ecossistema de inovação brasileiro recebeu volume de aportes 165% maior que em 2020. Veja os principais destaques do Venture Capital Brasil.
Para o mercado de Venture Capital no Brasil, o ano de 2021 vai ficar marcado pelo expressivo crescimento. Os números foram positivos em diversos aspectos: total investido, número de deals e quantidade de mega rounds.
Venture Capital: investimentos em startups brasileiras alcançaram o valor de US$9,41 bilhões
Superando até as melhores projeções, o total de investimentos Venture Capital do ano chegou a US$9,41 bilhões, mais que o dobro do valor que foi acumulado ao longo de 2020 ou 165% superior. Mais da metade do valor investido – 65% – veio dos 30 mega rounds que aconteceram em 2021. Cada uma dessas rodadas movimenta montantes superiores a US$ 100 milhões.
Venture Capital Brasil e os setores de maior destaque em 2021
O setor de FinTechs foi o que mais recebeu investimentos no ano de 2021 no Brasil, , somando US$3,7 bilhões, captados através de 176 deals. Na opinião de Luiz Henrique Didier Jr., CEO do Bexs Banco, a razão para que esse setor se sobressaia pode ser explicada pelo número de brasileiros desbancarizados (em torno de 40 milhões) somado à concentração da oferta de serviços em poucos players no mercado. Em um cenário no qual muitos clientes podem ser melhor atendidos e onde há concentração bancária, as empresas que integram tecnologia à capacidade de resolver problemas relevantes crescem exponencialmente.
Em segundo lugar ficaram as Retail Techs, startups que criam soluções tecnológicas para o mercado de varejo e consumo. Por meio de 87 deals, o setor captou US$1 bilhão.
Levando em consideração o número de deals, se destacam ainda as Health Techs (69 deals), Ed Techs (54 deals), MarTechs (48 deals) e AgTechs (35 deals). Em todos esses setores há espaço para atender nichos de mercado, ou oferecer experiências mais fluidas incorporando tecnologia de forma inteligente.
Early Venture Capital: estágios anjo, pré seed e seed concentraram maioria dos deals
Startups brasileiras que se encontram em estágio inicial, como era esperado, foram as que mais atraíram deals em 2021. Foram realizados 55 investimentos anjo, 195 em startups em fase pré-seed e 270 na etapa seed, considerando todos os setores. Juntas, essas transações representam 68,6% do total de deals na temporada. O número chegou a 779: 38% mais alto que em 2020 e 71% maior que em 2019.
Investimento Venture Capital Late Stage: 94% do volume investido foi destinado a empresas mais maduras
Por outro lado, cerca de 94% do volume investido beneficiou empresas que já têm produtos ou serviços conhecidos pelo público e presença forte no mercado, número que representa um crescimento de 169% em comparação com 2020. Em 2021, inclusive, o Brasil atingiu a marca de 21 unicórnios, ou seja, empresas com valor de mercado superior a US$1 bilhão. Madeira Madeira, Hotmart, C6 Bank e Mercado Bitcoin são alguns exemplos. Ao todo, conhecemos 10 novos unicórnios, praticamente dobramos nosso número de empresas que atingiram alta escala e contam com investimentos vultosos para crescer mais e até alcançar um IPO (Initial Public Offering, ou oferta pública na bolsa).
Investimento em Venture Capital, internacionalização e o avanço da regulação cambial
O Brasil tem, atualmente, mais de 14 mil startups criando soluções tecnológicas para diversas lacunas que o país ainda apresenta. Os números de 2021 não deixam dúvidas, tanto a quantidade de oportunidades de negócio quanto a efervescência na busca por preenchê-las atrai a atenção também de investidores internacionais: “Os investidores globais olham o Brasil a médio e longo prazo e reconhecem que temos muitos ativos”, aponta Didier Jr.
Para acelerar essa internacionalização de investimentos, o país poderá contar agora com o avanço da regulação cambial. Algumas medidas tomadas pelos reguladores no 2o semestre de 2021 são muito promissoras. A tendência é que os processos para realização de operações de câmbio se tornem cada vez mais simples, preservando aspectos de conformidade, tanto no segmento B2C como no B2B. Novas possibilidades dessa modernização das operações cambiais entrarão em vigor até o fim de 2022.
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Os dados são do Distrito, parceiro do Bexs e especialista em inovação para startups, empresas e investidores.