Double Eleven e a evolução do e-commerce chinês
01/11/2022Descubra o que é Double Eleven – ou Dia dos Solteiros – e como a data comemorativa chinesa pode ser uma boa oportunidade para e-commerces cross border.
O momento mais aguardado do ano para os chineses que desejam fazer compras não é a Black Friday, mas sim o Double Eleven. Também conhecida como Dia dos Solteiros, a data acontece na transição entre outono e inverno na Ásia – o que explica, em partes, a grande procura dos mais de 550 milhões de consumidores do país por itens como roupas e calçados. Mas o sucesso da data vai além: com os avanços da logística internacional e das opções de provedor de pagamento, consumidores de todo o mundo podem acessar um site de compras da China e receber os produtos em casa. Continue lendo e descubra a importância do dia 11 de novembro para o e-commerce internacional.
Double eleven: a principal data do e-commerce chinês
O Double Eleven nasceu como Dia dos Solteiros, ou Guānggùn Jié (光棍节) em chinês, um evento criado por estudantes da Universidade de Nanquim em 1993. Os alunos queriam rivalizar com o Dia dos Namorados e a ideia logo se espalhou pelas universidades do país. Seu nome em inglês provém do dia escolhido para a celebração: 11/11.
O que era um festival de entretenimento se tornou data comercial em 2009, com o mote de presentear a si mesmo. Em seu primeiro ano, o Double Eleven gerou US$ 7 milhões em vendas para o Alibaba Group. Hoje, o evento tem cerimônia de abertura com artistas internacionais, transmitida em quase 30 plataformas digitais e canais de televisão, e cifras bilionárias de faturamento.
Com o passar dos anos, o evento se disseminou por outros países asiáticos e começa a aparecer no calendário de vendas ocidental, visto que o comércio está cada vez mais sem fronteiras. Desde 2013, a AliExpress, parte do Alibaba Group, encabeça a iniciativa no Brasil. Com a estratégia de praticar preços inferiores aos da Black Friday, o e-commerce distribui cupons com até 70% de desconto durante a data.
China: ecommerce em crescimento
A China é a maior potência do e-commerce mundial. Segundo a empresa de inteligência GlobalData, e-commerce: China registrou um aumento de 7% entre 2017 e 2021 na taxa de crescimento anual composto. No ano passado, o e-commerce chinês obteve receita de US$ 1,5 trilhões, registrando um aumento de 15%.
O mais famoso site de compras da China, Jd.com, teve uma receita de US$ 117,9 bilhões no ano passado. Junto com a segunda e a terceira colocadas no ranking dos principais e-commerces chineses – vip.com e suning.com – a loja compõe 10% da receita online na China. E-commerce cross border não foi considerado nesta avaliação, apenas lojas chinesas que vendem dentro da China.
No Double Eleven de 2021, uma das estratégias mais eficientes para atrair o público chinês foi o Live Commerce, que também é tendência no Brasil. No evento do Alibaba Singles Day, o influenciador Austin Li – conhecido como Rei do Batom – ajudou a vender US$ 1,9 bilhões em produtos no Taobao Livestream, que durou 12 horas e acumulou mais 250 milhões de visualizações. O Social Commerce, principalmente por meio da plataforma chinesa Tik Tok, é outro impulsionador relevante para as vendas online.
As previsões são otimistas. De acordo com dados disponibilizados no Statista, o e-commerce chinês deve atingir US$ 1,4 trilhões no somatório de todos os meses de 2022, com penetração de usuários de pouco mais de 70% e ticket médio de US$ 1,35 mil. Até 2025, estima-se que o volume de mercado chegue a 1,6 trilhões, impulsionado por 1,2 bilhões de usuários que representarão uma participação de 83,9% da população chinesa nas compras da China realizadas online.
Cross border e-commerce: China x Brasil
Quando o assunto é cross border e-commerce, China também sai na frente e oferece a consumidores de todo o mundo a oportunidade de comprar produtos diversos, sobretudo os tecnológicos – a preços muito atrativos. Ao que tudo indica, existe também uma tendência de abertura desse mercado para comerciantes estrangeiros. No início de 2022, o marketplace JD.com fechou parceria com a Shopify, permitindo que lojas online dos Estados Unidos possam vender para clientes chineses. Antes disso, em 2021, o grupo Alibaba abriu as portas do marketplace AliExpress para e-commerces brasileiros.
Para os brasileiros, como comprar da China já não é nenhum mistério há alguns anos. Dentre os 5 e-commerces internacionais que mais venderam para brasileiros no primeiro semestre de 2022, 4 são asiáticos: Shopee, AliExpress, Shein e Wish. As categorias mais procuradas por esse público, nesse período, foram “Moda e Acessórios” e “Eletrônicos”. Vale mencionar que 54% dos e-shoppers brasileiros tiveram uma experiência cross border de janeiro a junho de 2022, como comprar direto da China, por exemplo. Os dados são do relatório Webshoppers 46, produzido pela Nielsen IQ Ebit em parceria com a Bexs Pay.
É importante destacar que o Double Eleven não está apenas restrito ao e-commerce chinês. A gigante brasileira B2W, cliente do Bexs Banco com as operações internacionais do portal Americanas Mundo (produtos importados), começou a operar a Double Eleven em 2019 através de cupons com descontos progressivos para produtos importados na sua plataforma.
Soluções para e-commerce internacional com Bexs Pay
As relações comerciais entre Brasil e China vem de longa data e movimentam cifras cada vez mais expressivas, seja na importação de produtos da indústria da transformação ou na exportação de produtos do agro. Mais recentemente, o e-commerce cross border entre esses dois países também vem ganhando destaque.
Se você tem um e-commerce na China, quer vender para o Brasil e não sabe como acessar esse mercado, pode começar escolhendo um provedor de pagamento que realize a conversão automática das moedas, permitindo que você ofereça a melhor experiência de compra ao consumidor brasileiro e, posteriormente, receba o valor das vendas na moeda de sua preferência, no banco que escolher. Entre em contato com nosso time de especialistas e conheça nossas soluções de Payout – pagamentos cross-border e Payin – processamento de pagamentos locais.
Publicado originalmente em 21/10/2020
Atualizado em 01/11/2022