Retrospectiva Comércio Exterior 2020 e Perspectivas 2021
07/01/2021Entenda os principais indicadores econômicos de 2020 do país, bem como o desempenho do comércio exterior (COMEX) em cenário de pandemia. Leia o artigo!
2020 representou um ano de grandes desafios para o mundo, como consequência das insegurança e impactos trazidos pela pandemia do coronavírus. As principais economias do mundo sofreram impactos, com expectativa de que EUA (-4,3%) e União Europeia (-8,30%) sofram quedas bruscas do PIB, enquanto a China (1,90%) cresce de maneira tímida. O PIB global deve variar em -4,2% neste ano. (out. 2020 FMI)
Já para o Brasil, o cenário se mantém igualmente desafiador. A previsão positiva no início do ano (+2%) termina 2020 com expectativa de -4,40% de variação do PIB. No entanto, apesar de representar queda brusca, o cenário atual conta com um resultado circunstancialmente positivo, dado que no auge da pandemia, a queda era calculada em -7%.
Retrospectiva do Comércio Exterior 2020
A Balança Comercial Brasileira chega ao final de novembro com o superávit de US$ 51 bilhões, representando aumento de 21% quando comparado ao mesmo período de 2019. A previsão é que a balança comercial feche 2020 com saldo positivo de US$ 56,15 bilhões, representando crescimento de 17% quando comparado ao ano passado (US$ 48 bilhões).
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, as exportações somaram US$ 191,5 bilhões, representando queda de -7,4% em relação ao mesmo período de 2019 (US$ 206,9 bilhões). A indústria com o crescimento mais importante foi a agropecuária, que arrecadou US$ 42,8 bilhões de janeiro a novembro de 2020, representando +6,9% comparado com o ano passado (US$ 40 bilhões). Já as indústrias da Transformação e Extrativa sofreram queda, a primeira arrecadando US$ 103,8 bilhões (-13,6%) e a segunda US$ 44 bilhões (-3,3%).
De janeiro a novembro de 2020, as vendas para toda a Ásia subiram 8,9% quando comparado ao mesmo período de 2019. Já as exportações para América do Norte (-23,6%), América do Sul (-19,7%) e Europa (-9,5%) sofreram retração.
As importações também sofreram retração em 2020, somando US$ 140,5 bilhões e representando queda de -14,7% comparado com o ano passado (US$ 164,8 bilhões).
O que esperar de 2021?
Ao superar o patamar de 3% de crescimento, o Brasil conhecerá a maior variação positiva do produto do país desde 2011. A cotação do dólar que começou 2020 próxima a R$ 4,03, e em maio atingiria níveis próximos à R$ 6,00, atualmente tem expectativa de concluir 2020 em R$ 5,14. Em 2021, a cotação é estimada em R$ 5,00 ao final do ano.
Outro dado relevante é a recuperação do Investimento Estrangeiro Direto (+50%) e para os padrões nacionais a manutenção dos juros ainda em patamares próximos aos de economias estáveis (Taxa Selic: 3,13%).
Entre os fatores decisivos para a velocidade de recuperação da economia brasileira:
– O início da imunização da população e a velocidade de sua expansão no vasto território nacional;
– O andamento no congresso nacional de reformas como a tributária e administrativa;
– A recuperação do comércio internacional (EUA e China são nossos principais parceiros) e a confirmação da retomada em V (rápida reação);
– A sustentação do PIB1 ancorada no crescimento previsto para: Setor de Serviços (+3,7%), Consumo das Famílias (+ 3,8%) Exportações (+4 %).
Em 2021, também conheceremos os setores e empresas que vão manter o forte crescimento do ano anterior, como as empresas de e-commerce ou que operam integrando canais digitais e presenciais. Ainda vamos observar empresas de setores que sofreram graves consequências econômicas como as empresas áreas e as de turismo.
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Fontes:
1– IPEA, Previsões Macroeconômicas
MDIC, Balança Comercial Acumulado Jan-Nov